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segunda-feira, abril 02, 2007

A passagem do estado solido ao liquido


Não deve ser nada dificil deixar o coração transformar-se definitivamente numa pedra

Partir para, uma realidade distante, em que aquilo que nos tocava e comovia nos parece derepente apenas uma arvore sem folhas, um poema sem nexo,, um aperto de mão como outro qualquer. Como se pairassemos fora do nosso corpo , depois de cuidadosamente termos engavetado a nossa alma, e assumissemos uma postura de robot k sabe o que tem de fazer e cumpre. Sem comoção na voz nem tremor nas mãos, os olhos muito abertos , esquecidos de pestanejar ..

Esquecidos da possibilidade de os fechar , para não ver. Encerrados nesta existencia paralela, é como se desligássemos os circuitos da emoção, que nos impedem de agir em prol da nossa propria sobrevivencia. Funcionamos em piloto automatico,e a tristeza, a desilusão e a taição não se nos atravessam no caminho.

Raciocinamos,raciocinamos e voltamos a racionacionar, colehendo todos os dados,os números e as estatisticas , para resolver os problemas da forma mais logica possivel.

Sentimo-nos orgulhosos de nós proprios afinal já não corremos para o colo da mãe em busca de indicações.

O GPS que instalamos no cerbero faz o mesmo serviço evitamos ensopar as camisas de quem nos empresta o ombro para afogar as magoas.

Porque não temos magoas. Gelados por dentro, funcionamos por fora, é o que interessa. E ficariamos assim para sempre, se um dia alguem não nos espera-se num café de uma qualquer esquina, pronto para nos ouvir, se não nos sentissemos protegidos por quem põe a nossa aflição a frente da sua, se uma manha não abrissemos a caixa do e-mail para descobrir uma carta de amor incondicional, se a vida não nos obrigasse a confrontar o verdadeiro sofrimento,numa cara muito amada,perdida entre lençois brancos de uma cama de hospital. Ai temos a certeza; os solidos podem transformar-se em liquidos e o coração de pedra desfaz-se em lágrimas quentes que correm pela car abaixo.

Doi, mas estamos vivos.Doi mas fomos salvos . E entendemos que cada autómato com que nos cruzamos não é mais do que um escravo do medo, á procura de um gesto igual ao que nos resgatou.

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