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sexta-feira, março 02, 2007

Trechos de meu diário


Engraçado como a vida é mesmo cheia de “altos e baixos”, surpresas agradáveis, outras nem tanto...

Finalmente escrevo para dizer que após praticamente três meses a lutar contra os meus sentimentos, consegui deixar de pensar em ti diariamente e a todo instante como antes. Até mesmo porque o tempo é muito sábio: apaga lentamente o rosto das pessoas das nossas memórias. Talvez Deus na sua infinita sabedoria tenha feito o tempo ser tão generoso porque sabe que assim sofreríamos menos. É claro que ainda me recordo do teu rosto, dos teus olhos ou do teu sorriso que um dia tão feliz me fez... mas lembrar já não me dói tanto como antes. É magnífico sentir isto. Pra mim significa sabes o quê? Significa que estou pronto para amar novamente. Quero mesmo abrir sem restrições o meu coração a alguém que realmente esteja disposto a amar- me e a entregar-se ao mais belo dos sentimentos: o amor. Não, não quero um amor de ficção, um amor irreal, igual ao das novelas, o famoso “amor instantâneo” que se bobear, vem até com “receitas”. Quero um amor puro, sincero, sem maldades ou leviandades, bonito e ao mesmo tempo em que despertar uma intensa paixão que desperte também aquele sentimento de amor fraterno, de proteção, de carinho. Na realidade, estou disposto também. Quero abrir mão de quaisquer resquícios de sentimentos egocêntricos que ainda possam existir em mim e me dedicar de fato a alguém, como talvez eu nunca tenha feito de verdade. Sabes, quando falo em abrir a mão, é abrir a mão mesmo... eu prefiro um passeio mais romântico a badalado, mas se de repente o outro preferir a segunda hipótese, eu posso sim abrir a mão dos meus desejos, não para ser feliz, mas para fazer alguém feliz. Hoje, eu digo-te obrigada. Não posso dizer o teu nome, mas se tu estiveres a ler, saberás que é a ti mesmo que dedico esta página do meu diário. E sabes porque é que te agradeço? Porque através da dor e do desamor que tu me causas-te, eu cresci. Cresci como ser humano e sinto-me muito mais homem e seguro dos meus anseios do que nunca e agradeço-te muito, mas muito mesmo por isso. Mas hoje, digo-te adeus . E te digo mais: foi lindo o que vivemos e hoje posso mesmo dizer que foi eterno enquanto durou.

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