Textos e...

Textos e Imagens

sexta-feira, março 30, 2007

ABRIL


Abril é o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do Latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão. É por esta razão que surgiu a crença de que os amores nascidos em Abril são para sempre.

quarta-feira, março 28, 2007

De que é feito o Amor?


Não sei de que é feito o amor,nunca descobri o seu segredo,mas sei que ando lá perto,que perto de ti,nos mais pequenos gestos,há uma especie de Amor wue transpira no ar, e transborda como uma onda. E que me atira para aquele lugar que só existe nos nossos corações.

terça-feira, março 27, 2007

Teu Corpo


Não sei se é isto que os deuses chamavam Amor, mas cada vez que chego e tu me abres o portão para me deixar entrar no teu corpo e no teu coração,sinto que todos os elementos estão sobre o mesmo tecto,o teu corpo é como uma concha o teu olhar como um rio,os teus braços uma ilha e o teu peito a minha casa.

domingo, março 25, 2007

Para quando se sentires sozinho...


Pede ao céu um pouco de silêncio e procura conversar com a noite.

Faz de cada ilusão uma saudade repita mais de mil vezes que tudo passou e porque passou.

Lá fora o ar pode estar pesado, mas o desejo a seguir , É amar, é respeitar, liberta-te dos preconceitos e sai por aí, vai passear, ironiza essa amargura e faz dela uma sombra fértil, tanto que não vale a pena pensares.Não sintas medo de nada; A vida é assim, tudo acaba...

Mas existe um amanhã de saída , do meio e da chegada, há sempre um amanhã para hoje que é feito de aventuras.

Olha-te no espelho e gasta tudo de bom que tu tens pra dar, aquele que viu, ouviu, adorou, e mesmo aquele que sofreu.

Afirma-te no desejo de quem sempre encontrará outros desejos mais fortes, tudo é natural, tudo partiu de dentro de nós.

E um dia em algum lugar existiu durante 20 minutos um alguém que comparou e fez de ti algo melhor.

Vibra com a lua, mas contra a tempestade. Fiqua feliz por ainda saberes sorrir ...Vai! Levanta a cabeça, impoem no rosto uma expressão feliz, é fácil.Reparas-te?

Abre a janela e presta atenção aos pássaros brancos que voam no céu...

Tudo é paz, naturalidade e franqueza . Porque esta melancolia?

Lembra-te de um sonho, de alguém que está sempre ao teu lado, mesmo tu não estando e sente como é fácil ser feliz.

Nunca Pensei


Nunca pensei que tu me esperases ao final da tarde numa casa branca cujas janelas se encotrem com o horizonte em que os siameses se juntam. Sempre que te vejo voo e mergulho nas ondas,posso chegar ao céu sem ligar os reactores e deslzar sobre as águas.

sexta-feira, março 16, 2007

Feliz


Sou feliz dentro de água ou acima da terra,sempre quiz viajar,conhecer todos os continentes,aprender varias linguas,viver em muitas cidades até descobrir um lugar perfeito onde o mar e o ceu se encontram sempre com o meu olhar.

Os Sonhos


O mais enigmático dos sonhos não passa por viverem guardados no nosso cantinho mas por só descobrirmos que ele existe quando alguem,abraçando-nos sem perguntar porquê,os descobre e os solta . E, dessa forma nos sossega quando mostra que o grande privilégio dos sonhos não passa por antecipar o futuro mas por deixar que ele aconteça.

quarta-feira, março 14, 2007

Privilegio dos Sonhos


Não sei se o grande privilegio dos sonhos será o de nos antecipar o futuro. Na verdade,imagino que eles sirvam ara deixar que ele aconteça. Quanto mais preciosas são as pessoas que estão na primeira fila do nosso coração mais se tornam,pergiosamente,abondantes. Esperamos tanto que elas vão sempre um pouco mais á frente dos nossos sonhos que - quaze sem querer - podem levá-los do júbilo para um canto,esquecido, na despensa do sonhos.

Quem não compreende um olhar nunca entenderá uma longa explicação. E será por isso,acho eu, que -depois de confiados aquele canto - escasseiam as pessoas junto de quem os sonhos se possam confessar, dando vida ao seu desejo de serem nossos, outra vez ( com a inocencia discreta de uma ave que encontra, em pleno voo,as suas asas). Na verdade ,prescisamos de ter quem olhe por nós para cuidarmos do sonhos ( com a audacia de quem ao guardá-los num livro, altera - sempre que queira - a forma como ele acaba só para nós).

terça-feira, março 13, 2007

Suponho


Suponho que sempre que não podemos dizer,com simplicidade,( abraça-me e não me perguntes porquê), há uma parte de nóa que se esgueira para um canto dos sonhos. E por lá fica, num ( já não sei sentir). É ai que, sem ser fácil de entender,uma tristeza nos revolve,devagarinho. Não tanto pela dor com que magoa,mas pela vida de que nos separa ( deixando que a rotina se desmazele nos sonhos e vá convencendo a vida a deixar de trocar mimos comnosco).

segunda-feira, março 12, 2007

A Despensa Dos Sonhos


Se tantas pessoas dão a entender que vivem sem sonhos, é porque talvez haja um lugar,dentro de nós,onde eles se guardam sem que se dê por isso. Não sei onde fica, reconheço. E ás vezes, intriga-me que o seu caminho e o nosso pareçam desencontrados. Imagino-o como uma longa despensa,mais ou menos esconsa ( e fresca ) , de luz acolhedora mas sem o bulício de uma praça de gente atarefada , ond se atropea quem esbraceja,fervilhamente,e quem,do alto de uma janela,espreita,sereno,a vida lá em baixo.Em todas as pessoas, por mais que não pareça,há uma despensa de sonhos.Alguns,que depois de sonhados, se foram guardando,mais ou menos amarrotados e por escovar. Outros que lá foram parar embrulhados,no papel colorido com que pousaram em nós, de surpresa. Posso estar enganado, mas acho - com convicção- que o mundo seria um lugar melhor ( e mais bonito ) se as pessoas se perdessem na despensa dos seus sonhos.Pelo menos de vez em quando.

quinta-feira, março 08, 2007

FICA CONTENTE


Fica contente, a tua respiração é o presente.Os teus dons banham a tua consciência e a luz, a luz brilha apesar da tua resistência, apesar do teu apego às criações que tu mesmo inventaste.Quando desejares, poderás dar início ao teu despertar.Tudo está pronto, apenas no aguardo da tua vontade.E quando te decidires, sentirás quão importante foi ter vivido tudo que viveste...Todas as confusões, todas as ilusões...Sim, cada uma serviu para clarear tua visão frente aos horizontes de luz que se estendem silenciosamente ao teu redor.Sim, cada uma delas serviu para calar as múltiplas vozes que ecoavam em tua mente, e através do silêncio encontrar o conhecimento, a pureza, a tua inocência.Mas, não te prolongues. Se atento, basta uma vez para aprenderes com teus erros.Fica contente, a vida vai contigo assim como a chuva vai com os ventos.Fica contente, o amor vai contigo assim como as estrelas vão com o anoitecer.Não estás só, o Universo caminha contigo e, lado a lado, vai construindo teu despertar, tua mansa alegria e teu desprendimento para com as ilusões, restando somente a verdade, a chama sagrada, doce e pura, que sempre te pertenceu, sempre.

terça-feira, março 06, 2007

D.E.R.R.E.P.E.N.T.E.


.D.E.R.R.EP.E.N.T.E. com mesma rapidez com que tu fechas e abres os olhos, tu ves-te diferente. Olhas a tua volta, e é tudo responsabilidade. Ganhas uma conta no banco, um salário mensal, e a tarefa de administrar aquele dinheiro e aquelas contas. Já és quase dono do teu próprio nariz; Quase. .D.E.RR.E.P.E.N.T.E., tudo aquilo que tu sonhavas, imaginas, quando encostavas a cabeça ao travesseiro, começa a acontecer. E isso é mágico , é louco, e causa inquietação; “ O mundo é Meu”... .D.E.R.R.E.P.E.N.T.E., tu começas a exigir muito mais de ti, e muito mais dos outros, isso causa decepção e adoração, por ti e pelos outros. Os méritos e conseqüências dos teus actos, são TODOS teus! “Da medo... A tua vida na tua mão... Uma Liberdade, Uma responsabilidade. Tu queres mais...queres ir mais adiante, queres chegar mais á frente. Queres começar a tua carreira, queres ser rico e bem sucedido. Ai está o medo de falhar. O que vale no meio de tudo isso é saber que CRESCER é lindo/ empolgante/ assustador/ arriscado; È UM FACTO. E sábios são aqueles que crescem e amadurecem, exactamente como a vida pede, mas deixam aquela criança guardada numa gaveta entreaberta do teu coração pronta para se escancarar sempre que preciso.

O passarinho engaiolado


Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho. A sua vida era segura e tranquila. Tranquilidade e segurança: coisas que todos desejam. Barco ancorado não naufraga.

Avião no hangar não cai. Para viverem em segurança as pessoas constroem gaiolas e passam a viver dentro delas. Dentro das gaiolas não há perigos. Só monotonia.

Todos os dias a mesma coisa. Tudo o que acontece todos os dias da mesma maneira é chato. Esse é o preço da segurança: a chatice. Dentro da gaiola não há muito para fazer, seja ela feita de arames de ferro ou madeira. Os sonhos das aventuras selvagens aparecem, mas, logo que vêem os arames, morrem. Alguns, malvados, furam os olhos dos pássaros engaiolados. Dizem que pássaro de olho furado tem um cantar mais bonito. Talvez, cegos, eles se esqueçam de que estão presos numa gaiola. Mas, mesmo que não estivessem, de que lhes adiantaria ter asas para voar se não têm olhos para ver?

A tua cegueira é a tua gaiola. Há muitas pessoas assim: parecem ter olhos normais, parecem ver tudo. Na verdade nada vêem, a não ser o seu mundinho. Tua cegueira é a tua gaiola. O nosso amigo, passarinho engaiolado, lembrava-se do dia em que, enganado pelo alpiste tentador, saboroso, entrou no alçapão.

Os alçapões são assim: têm sempre uma coisa apetitosa lá dentro. Mas basta que essa coisa apetitosa seja bicada para que a porta se feche para sempre, até que a morte a abra... Na porta da gaiola estava escrita uma frase famosa, de um poeta famoso, Dante Alighieri: deixai toda a esperança vós que entrais. Mas o passarinho não entende nem a escrita nem a linguagem dos humanos. Há um poema famoso, de Guerra Junqueiro, sobre o melro, pássaro que canta risos de cristal. Um padre velho e resmungao tinha raiva do melro. Ele comia as sementes que o padre semeava. Um dia, o padre encontra o ninho do melro num arbusto. Estava cheio de filhotes. O padre, para se vingar da mãe, engaiola os filhotes. A mãe, ao ver os seus filhos engaiolados, e sem forças para abrir a portinhola de ferro, traz no seu bico um galho de veneno. " meus filhos, a existência é boa só quando se é livre", disse. "a liberdade é a lei. Prende-se a asa, mas a alma voa... Ó filhos, voemos pelo azul!... Comei!" É certo que a mãe do nosso passarinho nunca lera o poema de Guerra Junqueiro porque, ao ver o seu filho engaiolado, disse-lhe: "finalmente as minhas orações foram respondidas. Tu estás seguro, para o resto da tua vida. Nada há a temer. Nenhum gato te comerá. Comida não te faltará. Tu estarás sempre tranquilo. Se tu ficares deprimido, canta. Quem canta os seus males espanta. Vê: todos os pássaros engaiolados cantam!" As palavras da sua mãe não o convenceram. Do seu pequeno espaço ele olhava para os outros passarinhos. Os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os sanhaços, entrando mamões adentro; os beija-flores, com seu mágico bater de asas; os urubus, nos seus vôos tranqüilos na profundidade do céu; as rolinhas, arrulhando, a fazer amor; as pombas, a voar como flechas. Ele queria ser como os outros pássaros, livres... Ah! Se aquela maldita porta se abrisse... Isso era tudo o que ele desejava. Pois não é que, para surpresa sua, um dia o seu dono esqueceu-se da porta da gaiola aberta? Ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre! Saiu. Voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo. Porra! Como era alto! Sentiu-se tonto. Estava acostumado com o chão da gaiola,mais perto do chao. Teve medo de cair. Agachou-se no galho, para ter mais segurança. Viu uma outra árvore mais distante. Teve vontade de ir até lá. Perguntou-se se suas asas agüentariam. Elas não estavam acostumadas. O melhor seria não abusar, logo no primeiro dia. Agarrou-se mais firme. Nesse momento um insecto passou bem á frente do seu bico. Chegara a hora. Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insecto não era tolo.Fugiu mostrando a língua. "Ei, tu!" - era uma passarinha. "Vamos voar juntos até o quintal do vizinho? Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas vermelhas. Deliciosas. Só é preciso prestar atenção ao gato que anda por lá..." Só o nome "gato" já lhe deu um arrepio. Disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha procurou outro companheiro. Ele preferiu ficar com fome. Chegou o fim da tarde e, com ele, a tristeza do crepúsculo. A noite aproximava-se. Onde iria dormir? Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava pendurada. Teve saudades dele. Teria de dormir num galho de uma árvore, sem protecção. Os gatos sobem as árvores? Eles veem no escuro? E era preciso não esquecer os gambás. E tinha de pensar nos meninos com as suas fisgas, no dia a seguir. Tremeu de medo. Nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada. Somente podem gozar a liberdade aqueles que têm coragem. Ele não tinha. Teve saudades da gaiola. Voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta. Entrou. Pulou para o poleiro. Adormeceu agradecido a deus pela felicidade da gaiola. É muito mais simples não ser livre. Nesse momento chegou o dono. Vendo a porta aberta, disse: "passarinho tolo. Não vis-te que a porta estava aberta. Deves ser cego. Pois o passarinho na verdade não fica na gaiola. Gosta mesmo é de voar...

domingo, março 04, 2007

O ADEUS


Muito se louvou a arte do encontro, mas poucos louvaram a arte do adeus. No entanto, não há gesto tão profundamente humano quanto uma despedida. É aquele momento em que renunciamos não apenas à pessoa amada, mas a nós mesmos, ao mundo, ao universo inteiro. O amor relativiza; a renúncia absolutiza. E não há sentimento mais absoluto do que a solidão em que somos lançados após o derradeiro abraço, o último e desesperado entrelaçar de mãos. Arrisco mesmo a dizer: só os amores verdadeiros acabam. Os que sobrevivem, incrustados no hábito de amar, podem durar uma vida inteira e podem até ser chamados de amor mas nunca foram ou serão um verdadeiro amor. Falta-lhes exatamente o Dom da finitude, abrupta e intempestiva. Qualidade só encontráda nos amores que infundem medo e temor da destruição. Não se vive o amor; sofre-se o amor. Sofre-se a ansiedade de não se poder retê-lo, porque as nossas cordas afectivas são muito frágeis para mantê-lo retido e domesticado como um animal de estimação. Ele é bravio e despedaça-nos a cada embate e por fim extingue-se e extingue-nos com ele. Aponta numa única direção: o rompimento. Pois só conseguiremos suportá-lo se ocultarmos do nossos sentidos o objecto dessa desvairada paixão. Mas não se pense que esse é um gesto de covardia. O grande amor exige isso. O rompimento é sua parte complementar. Uma maneira astuciosa de suspender a tragédia, ditada pelo instinto de sobrevivência de cada um dos amantes. Morrer um pouco para se continuar a viver. E poder usufruir daquele momento mágico, embebido de ternura, em que a voz falseia, as mãos abandonam e cada qual vê o outro afastar-se como se através de uma cortina líquida ou de um vitral embaçiado. Há todo um imaginário sobre os adeuses e as separações, construído pela literatura e pelo cinema. O cenário pode ser uma estação de comboios, um aeroporto (remember Casablanca), uma estaçao de camionagem. Pode ser uma praça ou uma praia deserta. Falésias ou ruínas de uma cidade perdida. Pode ate estar a chover ou a nevar, mas o vento é imprescindível. As nuvens devem revolutear no horizonte, como a sugerir a volubilidade do destino. Os cabelos da/o amada/o, longos e escuros, fustigam de leve os seus lábios entreabertos. Há sutis crispações, um discreto arfar de seios. E os olhos, ah!, os olhos... A visão é o último e o mais frágil dos sentidos que ainda nos une ao que acabamos de perder. Uma grande dor, uma solidão cósmica, um imenso sentimento de desterro. Que se curam algum tempo depois com um amor vulgar, desses feitos para durar uma vida inteira...

sexta-feira, março 02, 2007

Tu és a minha realidade!


Só nos meus sonhos eu esperava encontrar alguém assim... ...Que fizesse o meu coração bater a mil, que me levasse até as nuvens, que arrastasse os meus pensamentos pro infinito. Tu apareces-te e és muito melhor do que nos sonhos...ÉS A MINHA REALIDADE!! Quero passar ao teu lado todas as primaveras, para ganhar de ti as mais belas rosas! Quero passar ao teu lado todos invernos para tu me aqueceres no teu abraço! Enfim quero estar ao teu lado a cada segundo, cada minuto, cada hora, cada dia, cada mês, cada ano...A VIDA TODA...construir uma história ao teu lado! Sou completamente apaixonado por você!

Anjo


Tu não poderias ser real, mas era. KINO, de fala rápida, sorriso certeiro, acertou com uma flecha no meu coração. Mora longe, mas está tão perto que o posso sentir. Fecho os olhos e ouço a sua voz, vejo as suas palavras escritas em letras de MSN serem tecladas na minha tela mental. Vou dormir, contente, pois sei que ele é real, existe e é parte de mim. E quando sonho, dançamos em bailes de papel, no ritmo das letras, das promessas e do encontro. Ele chama-me de anjo e eu chamo-o de meu. Codnomes, códigos, apelidos, que revelam o que é segredo ao mundo e verdade absoluta para nós. Mas quando caio do sono, acordo e ele não está . E passo o dia todo esperando a noite, só para poder novamente com ele sonhar e bailar.

Trechos de meu diário


Engraçado como a vida é mesmo cheia de “altos e baixos”, surpresas agradáveis, outras nem tanto...

Finalmente escrevo para dizer que após praticamente três meses a lutar contra os meus sentimentos, consegui deixar de pensar em ti diariamente e a todo instante como antes. Até mesmo porque o tempo é muito sábio: apaga lentamente o rosto das pessoas das nossas memórias. Talvez Deus na sua infinita sabedoria tenha feito o tempo ser tão generoso porque sabe que assim sofreríamos menos. É claro que ainda me recordo do teu rosto, dos teus olhos ou do teu sorriso que um dia tão feliz me fez... mas lembrar já não me dói tanto como antes. É magnífico sentir isto. Pra mim significa sabes o quê? Significa que estou pronto para amar novamente. Quero mesmo abrir sem restrições o meu coração a alguém que realmente esteja disposto a amar- me e a entregar-se ao mais belo dos sentimentos: o amor. Não, não quero um amor de ficção, um amor irreal, igual ao das novelas, o famoso “amor instantâneo” que se bobear, vem até com “receitas”. Quero um amor puro, sincero, sem maldades ou leviandades, bonito e ao mesmo tempo em que despertar uma intensa paixão que desperte também aquele sentimento de amor fraterno, de proteção, de carinho. Na realidade, estou disposto também. Quero abrir mão de quaisquer resquícios de sentimentos egocêntricos que ainda possam existir em mim e me dedicar de fato a alguém, como talvez eu nunca tenha feito de verdade. Sabes, quando falo em abrir a mão, é abrir a mão mesmo... eu prefiro um passeio mais romântico a badalado, mas se de repente o outro preferir a segunda hipótese, eu posso sim abrir a mão dos meus desejos, não para ser feliz, mas para fazer alguém feliz. Hoje, eu digo-te obrigada. Não posso dizer o teu nome, mas se tu estiveres a ler, saberás que é a ti mesmo que dedico esta página do meu diário. E sabes porque é que te agradeço? Porque através da dor e do desamor que tu me causas-te, eu cresci. Cresci como ser humano e sinto-me muito mais homem e seguro dos meus anseios do que nunca e agradeço-te muito, mas muito mesmo por isso. Mas hoje, digo-te adeus . E te digo mais: foi lindo o que vivemos e hoje posso mesmo dizer que foi eterno enquanto durou.

Asterisco


Toda a minha vida se resume neste asterisco. Parece que sei exactamente onde estou,tenho tantas certezas que roça a arrogancia,sei mais do que seria de esperar,sou capaz de citar A e B em tres linguas diferentes.Depois do asterisco esta lá tudo, o invisivel,o que sou realmente.Nao sei o que é para ser franco.Afinal de contas,para que servem os asteriscos?Para remeter noutra direcçao,para fazer ressalvas ou adenas-não tem existencia propria,são apenas intermediarios da comunicaçao. Sei que como eu ,te recuzas a aceitar a vida de asterisco.Por isso fomos escolhidos para este dialogo sobre o que raramente paramos para olhar.Tal como o jogo da vida, tem buracos escuros que, por mais pequenos que pareçam são feridas que não curam.Escrevo com a furia e a ternura que só a distancia garante. Nas linhas seguintes encontram-se a minha historia condensada em tinta preta .O resto é tudo aquilo que sobressai á ideia de uma lagrima.No jogo das relaçoes existe um botão onde é presciso carregar com convicçao para correr o risco de abrir e saber o que esta á espera lá dentro.No jogo da sobrevivencia não se mata realmente os inimigos .Tenho medo de me ter tornando um sujeitinho demasiado serio.A amizade é uma nota de debito que só devia ser passada aos amores ,aos amigos .Pois se tudo o resto é precário,caduco...Tudo o resto é como a neblina que impede de ver seja que exactidao for no mostrador da existencia.Do que tenho mais saudades é de acordar e não pensar em mais nada,como se o que se tivesse passado naquela noite não tivesse a menor importancia e absolutamente nenhum peso na minha existencia.Não sei quantas vezes fiz isso, mas lembro-me da sensaçao de liberdade misturada com uma leve consciencia da realidade que não me provocava remorsos nem ensobrava a minha alegria de viver.

quinta-feira, março 01, 2007

ENVELHECER


No primeiro dia de aulas o nosso professor apresentou-se aos alunos, e desafiou-nos a apresentármo-nos a alguém que não conhecêssemos. Eu fiquei de pé a olhar em volta quando uma mão suave tocou no meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, a sorrir radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser. Ela disse: "Ola, borracho. O meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?" Eu ri-me, e respondi-lhe entusiasticamente: "É claro que pode!", e ela deu-me um gigantesco apertão. Não resisti e perguntei-lhe: "Por que é que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?", e ela respondeu brincando: "Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então aposentar-me e viajar." "Está a brincar", perguntei-lhe. Eu estava curioso em saber o que é que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse: "Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou a ter um!" Após a aula nós caminhamos para o prédio da acuciaçao dos estudantes, e dividimos um milkshake de chocolate.Tornamo-nos amigos instantaneamente. Todos os dias durante os próximos três meses nós teríamos aula juntos falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado a ouvir aquela "máquina do tempo" compartilhar a sua experiência e sabedoria comigo. No decurso de um ano, Rose tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse. Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que os outros estudantes lhe davam. Ela curtia a vida! No fim do semestre convidamo-la para falar no nosso jantar de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou. Ela foi apresentada e aproximou-se do pódium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, pegou no microfone e disse simplesmente: "Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei." Enquanto nos ríamos, ela limpou a sua garganta e começou: "Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso. Primeiro, voces precisam de se rir e encontrar o humor em cada dia. Segundo, vocês precisas de ter um sonho. Quando vocês perdem os vossos sonhos, tu morres. Nós temos tantas pessoas que caminham por aí que estão mortas e nem desconfiam! Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer. Se tu tens dezenove anos e ficares deitado na cama durante um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, tu ficarás com vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem habilidade, é uma conseqüência natural da vida. A idéia é crescer através das oportunidades. E por último, não tenham remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As únicas pessoas que tem medo da morte são aquelas que tem remorsos." Ela concluiu o seu discurso cantando corajosamente "A Rosa". Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rose terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos atrás. Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente enquanto dormia. Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através do seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que tu podes provavelmente vir a ser, se realmente o desejares.

LEMBRA-TE: ENVELHECER É INEVITÁVEL, MAS CRESCER É OPCIONAL!